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CUIDADO | Atendimento em saúde é a oportunidade de viver uma rica experiência de troca entre profissional e paciente.

NÓS, PROFISSIONAIS da saúde, somos convidados a exercer nossa espiritualidade de maneira concreta numa relação horizontal com o próximo, na qual somos iguais àqueles a quem servimos. Somente por meio dessa relação, temos a percepção de atingir alguém que seja maior que nós mesmos, transcendendo a materialidade ou corporeidade com e para a qual fomos treinados a trabalhar.

Hoje, o treinamento da materialidade consiste em escutar sintomas, observar, auscultar, palpar, percutir, e por meio de sinais que obtemos com o conhecimento científico adquirido, associado a exames complementares e uso de tecnologia disponível, podemos chegar a diagnósticos e possíveis tratamentos até então jamais imaginados.
Será esse o objetivo maior de nossa atuação profissional?
Será que a percepção extratecnologia e extra-exame pode ser executada?

Essas são perguntas que devemos nos fazer cotidianamente no exercício profissional. E mais: qual o objetivo do paciente ao nos procurar? O que ele, de fato, deseja de nós?
Existe sempre o objetivo específico que se remete a algo que vem acontecendo e que preocupa a pessoa em termos de sua saúde, mas há também sinais e sintomas que apontam para algo mais profundo, que tem a ver com o seu estilo de vida.

Para que se possa participar dessa “corrida” no encontro com o semelhante, devemos ser como um atleta: precisamos nos exercitar para participar do infinito interior do outro, para chegarmos ao ponto de “sermos ele”, a ponto de nos “fazermos um” com ele, conforme expressão evidenciada por Chiara Lubich.

“Fazer-se um” exige exercitar a capacidade de escuta, que vai além do simples ouvir, dar atenção, estar próximo. Escutar significa perceber os pensamentos, as entrelinhas, o estado de ânimo em que
a pessoa se encontra. Isso exige o esquecimento de nossos interesses pessoais, esquemas de raciocínios e de vida; devemos suspender qualquer tipo de julgamento julgamento e nos abster de provar ou reprovar atitudes, maneira de se viver e de agir e, principalmente, não tirar conclusões precipitadas.

Somente a partir desses pressupostos, começamos a perceber e nos introduzir, gradualmente e com respeito, no mundo do outro. Significa, portanto, a aceitação incondicional dele, isto é, passamos a participar do significado pessoal mais profundo da mensagem que nos é transmitida pelo semelhante na relação conosco. Para além de um atendimento médico, isso nos leva a uma rica troca de experiências.
Quem abraçou essa profissão como uma opção de vida já fez, certamente, esse tipo de experiência.

O fato de experimentarmos a liberdade e, ao mesmo tempo, o dever de nos dedicar a um ideal muito maior do que nós traz a certeza de que interiormente existe algo a mais. Parece-nos até que Alguém ou alguma coisa nos empurra para além de nós mesmos.

Na verdade, a própria escolha por trabalhar com a saúde é uma resposta pessoal a uma chamada ao Amor para com o próximo. Por meio do nosso trabalho, somos impulsionados a considerar o ser humano um sujeito a ser respeitado, estimado, amado, a quem colocamos à disposição toda nossa competência e profissionalismo. Isso ocorre porque o impulso a amar está contido no DNA de cada ser humano, faz parte da sua natureza.

Carlos Mateus Rotta

Fonte: Cidade Nova

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